BlogBlogs.Com.Br Criticando o Mundo: novembro 2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Não, não é o fim

A cada novidade tecnológica os arautos do apocalipse anunciam o fim do mundo para algum seguimento empresarial. Os meios de comunicação, especialmente, têm sofrido com essas previsões desde a sua invenção e tem sobrevivido a elas ao longo de todos esses anos.

Foi assim com o livro, com o rádio, com a televisão, com o cinema e agora com o jornal devido ao advento da internet. É fato que os jornais impressos passam por uma profunda crise que tem contribuído para o fechamento de importantes veículos, como foi o caso do Jornal do Brasil, mais recentemente. Mas, decretar o seu fim somente pela facilidade e velocidade de produção e distribuição de notícias proporcionadas pela rede mundial de computadores me parece precipitado.

Levando em consideração a afirmativa de Machado de Assis de que tudo se regenera, acredito que com o tempo os jornais impressos irão se adaptando as novas exigências do mercado e que um novo formato poderá ser a salvação desse negócio, como por exemplo, a criação dos jornais Super Notícias, em Belo Horizonte, e Extra, no Rio de Janeiro, que estão entre os periódicos de maior tiragem no país.

Além do mais, sabemos que os jornais impressos não sobrevivem apenas dos leitores que os compram nas velhas bancas de jornais e muito menos dos assinantes que os recebem em casa. Desde o início os grandes responsáveis pela sobrevivência dos velhos jornalões sempre foram os anunciantes.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nada como um bom Woody Allen

Como um Woody Allen faz bem para o espírito. Confesso que estava um pouco desatualizado sobre o que esse judeu nova-iorquino andava fazendo ultimamente. Na verdade ele não andava filmando em Nova Yorque, passou uma temporada em Londres, de onde saíram Match Point e Scoop, e depois, algum tempo na Espanha onde nos presenteou com Vicky Cristina Barcelona. No ano passado voltou para seu cenário favorito e nos brindou com um filme de raro talento. Tudo Pode Dar Certo!

Amante do jazz, Woody Allen é um dos poucos diretores que conheço que tem a capacidade de criticar a sociedade americana e, sobretudo, o comportamento humano. Em Tudo Pode Dar Certo, Allen, discute na figura de Boris Yellnikoff, um sujeito irascível e que se considera um gênio, toda a descrença que possui na humanidade. Mal-humorado, Boris, não perdoa nem seus alunos de xadrez e não perde a chance de espinafrá-los quando erram. Nos diálogos desfilam criticas ao preconceito americano contra negros e judeus, sobrando, como é de costume em seus filmes, até para as religiões.

Apesar da língua ferina e do pessimismo em relação a vida, Boris Yellnikoff, acredita que no fim,Tudo Pode Dar Certo.

O personagem de Woody Allen, nada mais é do que a representação de cada um de nós. É como se estivéssemos diante do espelho e resolvêssemos ser sinceros em relação aos outros e aos nossos sentimentos.

Mais uma vez, esse judeu nova-iorquino acerta a mão e nos faz rir de nós mesmos.


Manoel de Oliveira.


Será o caos? Não! Pura hipocrisia...

Eugenio Moraes/Hoje em Dia/AE

Enchentes de um lado, secas do outro, desabamentos e muito mais. Será o caos? A cada novo desastre todos se perguntam de quem é a culpa, mas poucos assumem a própria responsabilidade pelo que está acontecendo com o mundo. Não se fala aqui só do cuidado com o meio ambiente não, mas do cuidado com o voto, com o próximo...De que adianta não usar a famosa “sacolinha” que demora 300 anos para se deteriorar e pouco se importar em jogar um voto fora com um desses políticos corruptos que se recusam a batalhar por obras de saneamento básico e meio ambiente pelo simples fato de que são consideradas “invisíveis” e não dão voto...Aí meu amigo, não adianta se perguntar de quem é a culpa...nem se é o caos....A hipocrisia pior já está instalada dentro de nós...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Incosnciência Negra

A comunidade negra ainda luta pelos seus direitos no Brasil, 315 anos após a morte do líder do Quilombo dos Palmares

Um dia de reflexão, debates e manifestações culturais. Assim é celebrado, em todo o Brasil, o Dia da Consciência Negra. A data, de 1695, marca a morte de Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência do negro no Brasil, e nos remete à uma triste constatação: a falta de conscientização e o enraizado preconceito que ainda permanece na sociedade.
Temas que ainda geram polêmica como as cotas em universidades, dividem opiniões, pondo à prova o conhecimento das reais necessidades que o Brasil enfrenta atualmente. Num país em que apenas pequena parcela da população se declara negra, as ações são ainda mais urgentes, não só para mudar essa “inconsciência negra”, mas para transformar conceitos e quebrar estigmas tão presentes.

Não se pode mais conviver em uma sociedade que ainda fecha os olhos para questões como salários mais baixos, desigualdade na concorrência de uma vaga de emprego, falta de acesso à educação e à saúde e insegurança. Enquanto cidadãos, temos o dever de trabalhar e exigir que essas práticas sejam extintas e, com elas, esse racismo velado que enfrentamos.
Sabemos que alguns passos, ainda que tímidos, já foram dados para diminuir essas desigualdades, mas as ações efetivas ainda têm um longo caminho a seguir. Como uma data de reflexão, no Dia da Consciência Negra nada melhor do que seguir os passos deixados por Zumbi dos Palmares e lutar não somente pelos direitos dos negros, mas de todos que sofrem com a falta de oportunidades.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Cosmopolidade

Olá sejam bem-vindos! Tragam suas lentes de aumento. Neste espaço propomos uma visão ampliada do mundo. Mundo que vai bem além do nosso umbigo e muito além do alcançe de nossa turva visão. Por isso a necessidade das lentes.

A partir deste ângulo faremos uma abordagem sólida do que vemos e da realidade que vivemos. Mas lembremos, não vivemos apenas em uma rua, em um bairro, em uma cidade, em um Estado, em um país, em um continente. Vivemos em um mundo.

Aqui poderemos destilar todo o fel e também todo o mel que acharmos necessário e útil. Porém, como princípios básicos da convivência humana, juramos sob pena da danação eterna, respeitarmos todas as diferenças e todas as opiniões, sejam elas quais forem. Como pessoas vividas e cosmopolitas que somos.

Para começar, uma profissão de fé. Citação do evangelho de Voltaire: "Não concordo com nada do que dizes. Mas, defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo"

Manoel de Oliveira